segunda-feira


Escapadinha dos Mourões
e
“O Segredo do Rio”



-Onde param os Escuteiros?- gritou, entusiasmado, Luis Alves, Presidente da União de Freguesias de São Miguel do Rio Torto e de Rossio ao Sul do Tejo, no dia 25 de maio de 2014, no encerramento da XI Escapadinha dos Mourões, que se realizou no Aquapólis Sul, perante os cerca de seiscentos escuteiros.
Estava feliz o Sr. Presidente, a exemplo de todos os que, de algum modo colaboraram na preparação, realização e dinamização deste evento escutista. Tinha sido uma atividade emocionante e tudo correra muito bem, tal como estava previsto. Até o tempo não deixou ficar mal visto, Helder Silvano, o meteorologista de serviço que, com o habitual rigor, que se lhe reconhece afirmou perante o Chefe Américo, responsável pelo campo:
-Estás à vontade, só choverá até sexta-feira de manhã!
E assim foi. O sol apresentou-se em conjunto com os escuteiros e com eles ficou durante todo o fim-de-semana, permitindo a realização das atividades programadas, quer para os Lobitos (crianças com idades compreendidas entre os 6 e os 10 anos), quer para Exploradores (jovens dos 10 aos 14 anos)
Tudo aconteceu muito rapidamente, como por magia, pois durante a noite do dia 23 de maio, duma assentada apenas, o Hipódromo dos Mourões transformou-se num parque de campismo e as tendas dos jovens escuteiros cobriram, por completo, todo o relvado ali existente.
Foi mais um momento de diversão, relação e união, entre mais de seiscentos amigos vindos de quatro regiões diferentes do nosso país (Lisboa, Portalegre e Castelo Branco, Santarém e Setúbal) e de vinte e um Agrupamentos de Escuteiros (Abrantes, Alcanhões, Almeirim, Azeitão, Alpiarça, Benfica do Ribatejo, Estoril, Entroncamento, Fazendas de Almeirim, Golegã, Idanha a Nova, Marinhais, Mouriscas, Ponte de Sor, Portalegre, Proença a Nova, Rossio ao Sul do Tejo, São João da Ribeira, Sertã, Torres Novas e Tramagal).
Como já vem sendo habitual, a Escapadinha dos Mourões, que sempre homenageia pessoas e entidades relevantes da história desta localidade, este ano não fugiu a esse objetivo, quando abraçou o tema "A Pesca em Rossio ao Sul do Tejo" e adotou o imaginário adaptado de uma das obras literárias de Miguel Sousa Tavares, "O Segredo do Rio", introduzindo nomes de conhecidos pescadores locais, que deram os nomes aos subcampos: Cravo, Gaio, Mingote e Navalho e ao “herói” da história, o simpático pescador sem regras, o “Matateu”.
Entre o Raid e o Jogo de Cidade os escuteiros puderam, experimentar várias emoções, na condução de kartings, nos passeios a cavalo, acompanhados por simpáticos e dedicados soldados da Guarda Nacional Republicana de Tomar, experimentar navegar nos antigos “Avieiros do Tejo”, conduzidos por bravos “guerreiros” náuticos, que teimam em não deixar morrer a tradição e este tipo de embarcações e, ainda trepar uma enorme torre de escalada insuflável, que foi montada junto ao pórtico de entrada, entre dezenas de desafios e jogos.
No final de tudo, os sorrisos alastravam pelas faces queimadas pelo sol, daqueles que pensam voltar no próximo ano, mas as lágrimas também toldaram o olhar de quem já não poderá regressar em 2015, porque irão receber o lenço azul e só o verde é a “cor da vida com valor” e a cor amarela a brilhar nos pode iluminar e dar forças para continuar.
Na cozinha e no bar equipas de pais e familiares dos escuteiros Rossienses, não pararam de trabalhar para que tudo batesse certo no final. No campo e em cada setor Pioneiros e Caminheiros de Rossio ao Sul do Tejo deram o máximo de si, em cada missão e sempre alerta para servir.
Quando a cerimónia de encerramento chegou todos se juntaram ao abrigo do sol, na enorme e bonita tenda do Aquapólis Sul, para receber lembranças e prémios desta atividade, construídos pela empresa de transformação de cortiça “Sofalca” da Família Estrada e pelos amigos dos escuteiros do “Rossio”, o Sr. Fernando Alves, da Carpinataria Rabeca de São Miguel do Rio Torto, o Sr. João Abrantes Pereira e o Sr. Ricardo Silva.
Nesta atividade marcaram presença várias entidades e entre elas estiveram vereadores da Câmara Municipal de Abrantes e a sua simpática presidente, Dra. Maria do Céu Albuquerque que, no discurso final, não deixou de tecer fartos elogios aos escuteiros. Elogios merecidos, pois uma hora depois do encerramento apenas os postes da bandeiras denunciavam a passagem dos escuteiros pelo Hipódromo dos Mourões.
Os escuteiros, mais uma vez demonstraram o sentido da velha máxima de Baden Powell, o seu fundador: “Deixai o mundo melhor do que o encontraram”.
Para terminar, aqui deixo uma canhota firme e sentida para todos, com votos de novos encontros tão estimulantes quanto estes.
Sempre Alerta para servir!

Lobo dos Mourões